How to be Everything - Resenha crítica - Emilie Wapnick
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How to be Everything - resenha crítica

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Desenvolvimento Pessoal

Este microbook é uma resenha crítica da obra: 

Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.

ISBN: 978–0–06–269797–4

Editora: HarperOne

Resenha crítica

A Trajetória da Emilie Wapnick

A trajetória profissional da autora canadense mais parece um “zig zag”. Ela se formou em Direito e já vestiu vários chapéus: violonista, web designer, cinegrafista, blogueira, empreendedora e escritora. Na teoria, ela poderia ter se aprofundado em qualquer dessas verticais, mas, na prática, não foi capaz. Apesar de não ter se especializado e nem trabalhado em tempo integral em nenhuma dessas profissões, ela não se arrepende nem um pouco do seu caminho até então e nas próximas linhas você vai compreender porquê.

Ter uma única vocação é um mito

Como vivemos em uma sociedade em que a noção de trabalho e carreira é predominantemente influenciada pelo modelo industrial que tem a especialização como grande premissa, nós aprendemos desde cedo a acreditar que devemos ser apenas uma coisa na vida.

Tudo começa desde cedo lá na infância quando os adultos nos fazem a pergunta clássica: o que você quer ser quando crescer? Essa pergunta aparentemente inocente somada às influências da família, escola, universidade e outras instituições nos levam a crer piamente nesse conceito romântico da vocação única, a ideia de que a cada um de nós foi designada uma única coisa para profissão nesta vida.

Outra prova disso, de acordo com a autora, é que quase todas as línguas têm uma versão do ditado popular “quem faz muita coisa, não faz nenhuma bem”, que tende a desvalorizar as pessoas que não se especializam em algo. Acontece o mesmo no inglês com a expressão “jack-of-all-trades, master of none”, no espanhol “Quien mucho abarca poco aprieta “ e assim por diante.

Bom, e o que acontece se não nos encaixamos no ideal especialista?

Digamos que você seja curioso a respeito de assuntos e gostaria de fazer várias coisas diferentes na sua vida que não se relacionam com nenhuma profissão já existente. Digamos que você não consegue ou não quer ter apenas uma carreira e chega à conclusão de que esse chamado único que muitos possuem não existe para você. Isso significa que sua vida não tem um propósito?

Segundo a autora, isso não tem nada a ver.

De fato, existe uma ótima razão para a sua tendência de ficar mudando toda hora, que é para ganhar novos conhecimentos e experiências, assim construindo novas identidades.

A verdade é que você é um multipotencial!

Sim, a sua vida tem propósito. Sua curiosidade pode te levar a uma grande fonte de criatividade para resolver problemas complexos e melhorar a vida das pessoas de uma forma única. A partir de agora, você deve aceitar essa natureza que busca por variedade e torná-la aquilo que te faz especial.

Existem vários sinônimos que descrevem a característica de busca por variedade

Estes são os termos mais comuns para descrever a busca constante por variedade de conhecimento e habilidades:

  • Multipotencial ou Multipotencialista ( do inglês Multipotentialite): alguém que possui vários interesses
  • Aprendedor: alguém que vivencia o aprendedorismo, ou seja, um estilo de vida voltado para o desenvolvimento constante de novas competências. Esse termo foi criado por Mathias Luz.
  • Polímata: alguém que aprendeu muito sobre diferentes matérias
  • Alma renascentista: uma pessoa interessada e que sabe um monte sobre várias coisas
  • Pau-para-toda-obra ( do inglês Jack-of-All-Trades): uma pessoa que pode fazer um trabalho suficientemente bom em vários domínios
  • Generalista: alguém cujas habilidades, interesses e hábitos são variados e não especializados
  • Scanner: alguém com uma curiosidade imensa sobre vários assuntos não relacionados. Termo criado por Barbara Sher em seu livro Refuse to Choose!
  • Puttylike: uma pessoa capaz de assumir diferentes identidades e realizar com facilidade uma variedade de tarefas

Apesar de parecidos, cada um desses sinônimos guarda sua nuance.

Multipotencial/Scanner enfatizam a curiosidade, já Aprendedor/Polimata/Alma renascentista focam nas competências acumuladas, tendo Leonardo da Vinci e Benjamin Franklin como grandes referências. Pau-para-toda-obra, por sua vez, foca nas habilidades ao invés do conhecimento, enquanto Generalista sugere pouca profundidade, mas grande vastidão de conhecimento.

Tenha orgulho de ser multipotencial

A Emilie defende que devemos ter orgulho da nossa multipotencialidade e nos dá boas razões para isso.

Primeiro, as pessoas confundem o conceito de “não ser o melhor do mundo” com “ser medíocre”, o que não faz sentido algum. Isso porque existe um grande espaço entre ser o melhor do mundo em algo e ser “mais ou menos”. Pegando uma reflexão do futebol, será que é preciso ser necessariamente o Neymar para que um jogador de futebol tenha uma carreira de sucesso?

Outra razão que ela traz é que os multipotenciais podem sim ser especialistas em algumas habilidades sem sequer estarem conscientes disso. Embora muitos de seus interesses possam ter meia-vida curta, claramente podemos destacar 5 competências em que eles se destacam:

  • Síntese de ideias

Multipotenciais são ótimos sintetizadores, porque pegam conceitos aparentemente não relacionados e criam algo novo a partir dessa bagunça. Com frequência, são as pessoas de fora e não especialistas que trazem soluções para problemas que pareciam irresolúveis. Existem vários exemplos na história que comprovam isso.

Aristóteles era médico antes de se tornar filósofo. Benjamin Franklin inventou o pára raio e a lente bifocal antes de ser político e outros inúmeros papéis. Leonardo da Vinci, o polímata mais conhecido de todos os tempos, era artista, engenheiro, botânico, matemático e etc (a lista parece não acabar).

  • Aprendizagem Rápida

Absorver novos conhecimentos e transformá-los em habilidades é a praia dos multipotenciais. A razão para isso é que frequentemente estão no nível iniciante em alguma coisa. Com isso, eles se acostumam com a frustração e o sentimento estranho que surge no processo de começar algo do zero. Além disso, quando entram e saem de alguma área, ganham mais ferramentas e confiança para aprender novas coisas. Essa confiança, por sua vez, acelera o aprendizado porque os multipotenciais ficam mais abertos a saírem da zona de conforto e irem para a zona de alongamento, em que a aprendizagem realmente acontece.

  • Adaptabilidade

Por natureza, os multipotenciais podem desempenhar diversos papéis em diferentes contextos. Pelo fato de contarem com uma “caixa de ferramentas” com mais experiências e habilidades em situações variadas do que a maioria dos indivíduos, acabam desenvolvendo uma capacidade de adaptação e resiliência em ambientes de mudanças constantes.

  • Pensamento Holístico

Pela mesma razão anterior, os detentores da multipotencialidade enxergam melhor como ideias distintas se conectam para formar o mundo. Isso lhes confere uma competência sem igual para estabelecer novas relações, estudar problemas e conjugar soluções de uma forma que só o pensamento holístico permite.

  • Empatia

Uma vez que os multipotenciais possuem uma tendência natural para a conexão, incluindo com as pessoas, isso expande o entendimento que possuem sobre a natureza humana. Essa curiosidade gera uma disposição acima da média para a escuta, que é um dos alicerces da empatia. Por isso, os “multis” conseguem sentir ou se colocar no lugar dos outros com mais facilidade.

Não existe uma carreira predeterminada para multipotenciais, mas sim 3 elementos comuns

A realidade trazida pela autora é que não existe um tipo de carreira que sirva para todos os multipotenciais. Apesar de compartilharem a insaciável curiosidade por vários tópicos, cada um possui seus interesses, valores e prioridades.

No entanto, isso não é pretexto de forma alguma para que deixem de ter realização profissional. De fato, várias pessoas com o “gene da variedade infinita” vivem como arquitetos, gerentes de projeto e empreendedores. Para outras, essas profissões jamais funcionariam.

Para ter mais claridade sobre essa questão, a autora entrevistou centenas de “multis” pessoal e financeiramente realizados. A principal descoberta nesse processo foi que todos possuem 3 elementos em comum em suas carreiras: dinheiro, propósito e variedade.

Dinheiro

Para os “multis” o dinheiro é entendido como um meio para a realização de seus projetos. E o quanto de dinheiro cada um precisa? Não existe uma única resposta, pois é algo bem individual. O importante é ter consciência do que são nossas necessidades, objetivos, valores e circunstâncias. Esse processo requer bastante experimentação para se chegar a um ponto ótimo que sustente nossa multipotencialidade. No meio tempo, garanta que pelo menos possui o mínimo para cobrir as necessidades mais básicas.

Propósito

Os sedentos por variedade necessitam de propósito para terem uma vida feliz. Dentro disso, não existe nenhuma regra sobre como deve ser o propósito das pessoas, pois a verdade de cada um é a verdade de cada um. Identificar as atividades que nos trazem o senso de propósito também envolve experimentação. Por mais que a prova real venha a partir dos testes, a autora compartilha uma pergunta que você pode se fazer nesse processo:

  • Quais atividades do passado te trouxeram mais realização? Que elementos estavam aí presentes que te fazia sentir mais vivo?

Não tem problema se você fizer algo apenas por diversão ou dinheiro ou qualquer outro motivo que não seja taxado como ”nobre”. O que importa é encontrar o fio da motivação que nos coloca no estado de espírito voltado para a ação. O resto o próprio caminho vai nos ensinando.

Variedade

Os processos de orientação profissional geralmente não reconhecem a necessidade de variedade, que é um pré-requisito para os multis. Na prática, variedade significa ter flexibilidade suficiente para pivotar de habilidades e projetos com a frequência que fizer sentido para cada um. Quanto mais interdisciplinar for sua área ou projeto, menor a quantidade de atividades extras para preencher essa sede de variedade. Assim como nos 2 elementos anteriores, testar continua sendo a palavra de ordem.

Durante seus experimentos, sua atenção deve se voltar para o seguinte questionamento: na medida em que você retira e adiciona atividades da agenda, qual o nível de estresse e velocidade de avanço sustentáveis para você?

Lembre-se, você não precisa se estressar sem necessidade, nem sofrer de tédio por não ter atividades diferentes para fazer. Seu ideal é 1, 2, 3, 4, 5 ou 10 projetos por vez?

Descubra seu modelo de multipotencialidade

De acordo com a Emilie, cada multipotencial se situa em algum lugar no meio do espectro de simultaneidade-sequencialidade. A depender da quantidade e da forma como prefere conduzir seus projetos, você pode partir dos modelos de trabalho abaixo, testá-los e construir o seu próprio. A maioria dos multipotenciais usa algum dos 4 modelos a seguir ou alguma combinação deles.

Modelo “Abraço Grupal”

Seguir este modelo significa ter um emprego ou negócio que lhe permite “vestir vários chapéus” e navegar entre domínios diferentes. Em termos de emprego, estamos falando de um cargo de gerente de projetos ou qualquer outro que seja genérico o suficiente para permitir variações em seu exercício. Se o contexto for negócios, um empreendedor ou profissional freelancer também são capazes de imprimir a mesma pluralidade em suas rotinas.

Adicionalmente, os multis que mais se identificam com o Abraço Grupal possuem as seguintes preferências:

  • Gostam de conduzir projetos multidisciplinares em que podem aplicar diversas habilidades;
  • Querem que o seu trabalho reflita de forma integral (ou quase) a sua identidade;
  • Sentem bastante ansiedade quando não veem conexões entre as atividades que realizam;
  • Preferem ter uma sensação de sincronicidade entre o assunto que estão focando no momento e a contribuição que isso tem para o todo.

Modelo “Colcha de Retalhos”

Como o próprio nome sugere, este modelo engloba 2 ou mais empregos ou negócios em regime parcial entre os quais você navega regularmente.
Digamos que você quer aprender a pintar casas, a cozinhar e ser professor.

De manhã você pode fazer freelas de pintura, de tarde cozinhar em um restaurante e de noite dar aulas de inglês.

Geralmente, os multipotenciais desse estilo passam pelos seguintes estágios até conseguirem dar uma boa definição para seus estilos de vida:

  1. Transitam de um regime de trabalho de tempo integral para parcial, fazendo a mesma coisa que faziam
  2. Aceitam outras oportunidades de trabalho parcial que vão se tornando retalho 1, retalho 2, retalho 3 e iteram até chegar a um volume de retalhos sustentável em termos de propósito, dinheiro e variedade.

Para facilitar a identificação com este modelo, aqui estão as características dos multis colcha de retalhos:

  • Gostam de alternar com muita frequência entre as áreas
  • Curtem trabalhar em áreas especializadas ou mercados nichados, mas sem o compromisso de se tornarem especialistas
  • Não ligam muito para que suas paixões se unam de forma lógica para representar sua identidade
  • Valorizam mais liberdade e flexibilidade do que estabilidade
  • Geralmente os artistas adoram

Independentemente de qual seja seu modelo preferido, o colcha de retalhos também é bastante útil para momentos de transição de uma área para outra, pois dá a flexibilidade de ainda gerar renda com uma habilidade anterior, enquanto a nova está sendo cultivada até gerar frutos.

Modelo de Einstein

Você sabia que o físico alemão Albert Einstein trabalhava como funcionário público para o governo suíço? Sim, ele era bem pago para avaliar pedidos de patente durante o dia e deixava o trabalho à tarde com energia suficiente para perseguir suas buscas intelectuais depois do expediente.

Essa é exatamente a lógica do modelo apelidado carinhosamente em homenagem ao gênio da relatividade: ter um emprego ou negócio de tempo integral que lhe sustenta totalmente e ainda te dá tempo e energia para brincar com suas paixões.

Multis Einsteinianos geralmente:

  • Preferem estabilidade à flexibilidade
  • Querem que o trabalho pago seja interessante, mas que não sejam a parte mais importante da vida
  • Encontram sentido e alegria em alimentar paixões na formato de hobbies

Modelo Fênix

Que tal trabalhar em uma única indústria durante vários meses ou anos e depois disso mudar para uma nova indústria? Essa é justamente a pegada dos multipotenciais do tipo fênix. A cada ciclo fechado, eles renascem das cinzas da área anterior e avançam para a próxima, preenchendo assim sua necessidade de variedade de forma sequencial. Geralmente eles são confundidos como especialistas e apresentam as seguintes características:

  • Ficam obcecados por um assunto por um longo tempo;
  • Mergulham de cabeça em matérias específicas e nos detalhes se for necessário para realizar algo;
  • Não precisam de variedade acontecendo simultaneamente para terem um dia feliz.

Um bom exemplo do estilo fênix é o Tim Ferriss, autor do livro Trabalhe Quatro Horas por Semana.

Coloque sua Multipotencialidade em Prática

Na opinião da escritora, ser um multipotencial é maravilhoso e abraçar várias paixões melhor ainda. Ao mesmo tempo, ter sido agraciado com esse traço psicológico traz consigo alguns desafios que devem ser encarados se nós quisermos colocar nossa multipotencialidade em prática e liberar todo nosso potencial. Em geral, os multis tendem a ter dificuldades nos seguintes pontos: organização da rotina, tomada decisão e atitude.

Organização da rotina

Priorize seus projetos nos momentos do seu dia em que você possui maior disposição e energia para executá-los. Se seu modelo de trabalho ainda não permite se organizar dessa forma, trabalhe sempre que puder. Isso pode significar você acordar mais cedo, dormir mais tarde, usar uma parte da sua hora de almoço ou fins de semana para tanto.

Outra maneira de dar vazão aos projetos é via imersão. Os exemplos comuns são cursos de línguas feitos no país do idioma em questão e bootcamps dos mais diversos assuntos. A vantagem da imersão é o alto grau de foco e energia que são essenciais para realizar um progresso significativo de uma vez só.

Em termos de organização mais específica da agenda, aqui vão duas sugestões.

Se você é mais simultâneo, experimente ter sua agenda mais estruturada com os horários de cada atividade para facilitar sair de uma tarefa e entrar em outra.

Por outro lado, se sua natureza é mais sequencial, você pode preferir menos estrutura, já que possui apenas uma prioridade de trabalho para gerenciar.

Tomada de Decisão

Multipotenciais não pulam de galho em galho quando a coisa fica difícil necessariamente. Na maioria das vezes, nós abandonamos algum projeto quando começa a ficar fácil. Quando o desafio deixa de existir, perdemos interesse e queremos explorar algo novo.

Sobretudo, o “multi vai embora quando consegue aquilo a que veio”, mais conhecido como “fim de linha pessoal”.

Essa lógica pode gerar estranheza para muitos, porque a maioria de nós é guiado por algum objetivo externo. Seja ganhar um prêmio, vencer uma competição, conquistar algum cargo/status, as pessoas geralmente reconhecem o fim de um ciclo quando acaba com algum desses atingimentos.

Apesar disso, se para um multipotencial o importante entrar em um determinada empresa para aprender uma determinada skill e depois sair dela, ao invés de galgar uma carreira lá, está tudo bem. Desde que tenha atingido seu fim de linha pessoal. Não importa o que os outros acham. A métrica é totalmente interna.

Outro ponto bem importante para os multis é não confundir resistência interna com falta de motivação. É muito fácil confundi-las, porque geram sensações parecidas como procrastinação, ansiedade e tédio.

Por razões evolutivas, elas acontecem em qualquer processo de crescimento. Procrastinação, ansiedade, medo e dor são apenas nosso cérebro primitivo, mais conhecido como sistema límbico, prezando por nossa permanência no estado atual, isto é, da nossa sobrevivência. Se você está sentindo sensações físicas no seu corpo, como aperto no peito ou algum tipo de sufocamento, provavelmente é a resistência interna falando alto.

Embora a falta de motivação possa vir misturada com emoções parecidas, o tédio é o que mais se destaca. As sensações físicas podem até acontecer de forma mais branda, mas o jogo é mais mental do que emocional nesse caso.

Ter claridade sobre esses dois fenômenos pode evitar muita tomada de decisão equivocada sobre quando iniciar, abandonar ou finalizar um projeto.

No entanto, não se desespere se ainda não tiver desenvolvido essa clareza. Com o tempo e muita auto observação, você vai entendendo seus próprios sinais, de modo a afastar autossabotagens desnecessárias.

Atitude

Não basta ter boa organização e tomar boas decisões. Como já entendemos que a resistência interna e a procrastinação fazem parte do processo, então é muito importante seguir alguns rituais que diminuam essas barreiras e assim tenhamos mais atitude. Por mais óbvio que seja, sem atitude nada vai acontecer.

A seguir, aqui estão algumas ferramentas que podemos tentar de forma separada ou combinada como parte dos rituais de pré-trabalho:

Meditação

A meditação é uma técnica milenar e que está bastante na moda atualmente. Seus benefícios para a saúde e bem estar já são amplamente aceitos. Na mesma medida, ela ajuda a reduzir as barreiras internas e aumentar nossa atitude.

Se você nunca meditou, pode começar de diversas formas. Sente-se por 5 minutos e observe com atenção algum fenômeno físico do seu corpo. Pode ser sua respiração ou qualquer parte do corpo. Quando algum pensamento surgir, aceite-o e apenas volte para o seu foco no físico. Para facilitar o processo, você pode usar alguma gravação ou aplicativo de meditação guiada como o Calm por exemplo.

Exercício físico

Não é novidade alguma que a atividade física aumenta nosso fluxo sanguíneo e oxigênio no cérebro, o que também ajuda no concentração e atitude. Saia do mental e vá para o físico. Não importa a intensidade, caminhe, corra, nade, malhe, pedale, faça yoga ou qualquer coisa que funcione para você. Sua multipotencialidade agradecerá!

Diário

Manter um diário como ritual gera vários benefícios e assim como a meditação, também está bastante em voga ultimamente. Uma das vantagens é a possibilidade de escrever as coisas por que somos gratos, o que também diminui nossas resistências internas. Seja algo que considere pequeno ou grande, liste-o e sinta gratidão verdadeira por isso. Assim, o estado de espírito positivo acontecerá por tabela.

Outra possibilidade é a de encaixar um ritual de intenção para o seu dia. Escreva aquilo que faria você ganhar o dia. Esse é o momento em que você pega suas tarefas mais importantes do dia e direciona sua energia mental para a execução delas. Que tal testar e ver como isso ajuda na sua atitude?

Ambiente de Trabalho

Nesse quesito aqui não há regras, pois é algo bem individual. A premissa principal é dispor seu ambiente de trabalho de modo que lhe gere paz e facilite seu processo de criação. Isso pode ser sua mesa estar organizada, ter suas ferramentas de trabalho favoritas ou ter o ambiente como um todo num formato aconchegante.

Cronômetro

Infelizmente, essa ferramenta não recebe a devida importância em meio a tantas ferramentas de produtividade disponíveis. Um simples cronômetro pode ser de imensa ajuda para elevar nossa atitude diante das tarefas, pelo fato de gerar um gatilho de escassez em nossa mente.

Seja utilizando a técnica de pomodoro, que recomenda 4 repetições de 25 minutos de total imersão intercalado com 5 minutos de descanso, ou com qualquer outra janela de tempo, a mensagem é: teste um cronômetro!

Ter uma dupla ou grupo de apoio

Enquanto seres sociais que somos, compartilhar a vida com outras pessoas é fonte de felicidade para o ser humano. E com o compartilhamento de metas a história não é diferente. Ter uma comunidade de apoio ao nosso redor com quem possamos compartilhar nossos desafios nos dá uma grande força para continuar apesar das dificuldades que vão surgir. Tenha pelo menos uma dupla com quem possa trocar figurinhas e ter mais atitude!

Como recado final, a autora nos deixa a seguinte citação:

"O problema do mundo é que o ignorante é bastante assertivo e o inteligente é inseguro e cheio de dúvidas."

Notas Finais

Está tudo bem ter vários interesses e não conseguir escolher uma carreira no sentido tradicional. Afinal de contas, ter uma vocação única não passa de um mito socialmente imposto. Ao mesmo tempo, ter realização como multipotencial não é fácil. Primeiro, é preciso primeiro ter orgulho e reconhecer as 5 principais competências de um “multi” e colocá-las em prática observando os 3 ingredientes essenciais para o estilo de vida da multipotencialidade: dinheiro, propósito e variedade. Enfim, o caminho é experimentar bastante para criar seu próprio modelo de trabalho a partir dos 4 apresentados. Seja em um emprego ou no próprio negócio, tenha em mente a organização da rotina e o viés para ação, sem se autossabotar nas tomadas de decisão sobre quando acabar e iniciar um novo projeto.

Dica do 12’

Gostou da leitura? Achamos que você pode gostar também do microbook Trabalhe 4 horas por semana’. O autor, o Tim Ferriss, é um grande multipotencial estilo fênix que criou um estilo de vida incrível ao redor de seus interesses.

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Quem escreveu o livro?

Emilie Wapnick, a autora do presente livro, também é diretora de filme, palestrante, cantora, escritora e advogada. Presente com frequência em TEDs e TEDx Talks, Emilie tem muito a ensinar... (Leia mais)

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